quinta-feira, 23 de abril de 2009

Muitos passarinho, Outros passarão.


Em cada nova encruzilhada que enfrentamos, partimos. Deixamos para trás alguma parte de nós mesmos. Do coração, da mão ou do pulmão. Pouco importa de onde arrancamos esse nosso pequeno “eu”, mas sim que temos de deixá-lo lá.

A cada erro, a cada tropeço, temos a chance de um novo começo. Mas, para seguir em frente, o pé tem de se mover adiante. A pegada que fica no lodo que foi o passado eu já nem vejo mais. Toda dor que causei, todo mal que plantei, eu pedi perdão e entendi que não adianta insistir no sofrimento. Sofri junto, acalentei tantas noites de pesar... chorei em silêncio e em quietude guardei assombrações que só quem sentiu sabe como machuca. Mas passou. E eu vi pessoas pequenas darem passos de gigantes.

Elas também aprenderam que a marcha é dura, mas necessária.

Às vezes choramos nossos próprios erros achando que é a decepção com outros. E nunca encontramos nossa paz, porque não entendemos o que queremos deixar quieto. Como um quebra-cabeça ainda por fazer, somos atraídos a ele. Talvez por vaidade, por querer provar que podemos resolvê-lo. Mas não há mais o que fazer.

Vai, Pequena. Deixa em paz o que não é mais seu, apesar de ser parte de você. A borboleta também se desfaz de seu casulo pra poder voar. E assim seguimos o fluxo dessa louca vida... reproduzindo nossas idéias e sentimentos, por brotamento mesmo. E sem parar, nunca!

Para chegar ao futuro, é preciso livrar-se do passado, mesmo que às vezes eles pareçam se confundir. Vez ou outra nós é que nos confundimos, porque alguma maldita areia-movediça nos puxa ao abismo que é tudo pelo que já vivemos.

Se eu pudesse dizer alguma coisa, eu diria que guardasse suas belas poesias, amadurecesse a alma que é grande e caminhasse pra longe de toda essa sujeira.

8 comentários:

Monique disse...

Você podia criar um outro blog para discutir outros assuntos. Você escreve tão bem sobre tanta coisa...Tem tanto conhecimento para ofertar. Cade aquele texto que você começou a escrever sobre os produtos com validade e tal? Não terminou pq? Era bom se você se interessasse por outras coisas também...

Raphael C. Lima disse...

"era bom que você se interessasse por outras coisas(...)" é ótimo. rs

Monique disse...

Não entendi a ironia...Pode explicar?

Raphael C. Lima disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Raphael C. Lima disse...

rs. Só achei engraçado o jeito que falou à Bianca sobre escrever textos de outros assuntos. Eu sei que não foi essa a intenção, mas soou como uma crítica ácida, por isso o ar cômico. E concordo com vc. Eu tbm quero ler o texto da validade! rs

René disse...

Escrever é um quase uma necessidade, um deleite, não obrigação. Quem escreve por obrigação é jornalista rs. A gente não escolhe sobre o que quer escrever, algo nos perturba e transborda pro papel.

Bianca L. Forreque disse...

Tá doida?! huahua. Esse tema remete a qualquer coisa que acontece na vida da gente. Não é "o mesmo assunto".
E eu nem estava me referindo a mim mesma. Eu vi isso... enfim. E sobre o texto da validade e tal, eu tenho pensado sobre o assunto. Ainda tô elaborando a linha de pensamento.

Monique disse...

Ah tá..deve ser impressão minha então que os últimos 5 textos falam de certa forma sobre decepção...E não tá se referindo a você? Que coisa..eu jurava que tava...devo tá doida mesmo. rs

E você daria uma ótima jornalista! rs.