Quantas vezes precisamos nos lembrar de nosso próprio valor?
Hoje, arquivando algumas fotos no computador, lembrei-me de fatos. Esses pequenos momentos da vida que a gente quase não valoriza na hora, mas depois lhes retorna a atenção e vê que foram fundamentais. Aniversários surpresa, um dia inteiro fora com os amigos, uma boa fase pela qual vivemos... Porém, o que mais me tocou, não foram os fatos em si. Mas a minha participação ou o meu papel neles. E, a partir desse ponto, pude perceber coisas que nem sempre percebemos “a olho nú”. Oras, perdoe-me se pareço muito orgulhosa – não há nada a ver com isso! – muito pelo contrário, nunca fui o tipo de pessoa exatamente auto-confiante. Mas é isso que mexeu aqui dentro! Eu nunca vejo o meu valor. Eu sempre me permito acreditar no que me fere em vez do que me enobrece. Arre, entre todas as permissões do mundo, a gente “sempre” permite o que há de “pior”. Mas por quê? Por que é mais fácil acreditar que nós somos inferiores e conviver com isso, como uma chaga? Até nos fazendo de coitados, vez ou outra.
Por que?
Pois bem; revendo certas fotografias e repensando no que já foi, lembrei-me de que minha vida não foi em branco. E, mais ainda, minha participação na vida de algumas pessoas foi, sim, agradável! Não foi à toa que eu ri junto de muitos amigos, abracei muitas pessoas, consolei alguns, amei o quanto pude... Sempre, sempre! Não digo que houve uma revolução aqui dentro. Eu sei que o meu papel é pequeno, mas é. Eu existo, eu amo, eu mudo o que há em minha volta. Eu sei que eu tenho o poder de aquecer o coração de quem eu muito estimo. Eu sei! Porque há uma vozinha aqui dentro, que grita todos os dias, ao meu despertar: “faça alguém feliz”. E não é somente para alimentar o meu ego. Eu simplesmente o faço (ou, ao menos, tento fazer) porque é bom mutuamente. Óbvio. Mas por que, então, acreditar no que os outros dizem? Eles não sabem nem da metade das minhas ações, dos meus sonhos, do meu eu*! Eu não quero dar preferência àqueles que dizem que eu não sou capaz. Que eu sou um zero à esquerda. Eu vou acreditar no meu instinto, no que a voz dentro de mim me diz. Ela pode nem sempre estar certa, mas ela me conhece melhor que qualquer um. E ela, acima de tudo, é pura.
Quantas vezes você já deu ouvidos aos outros, em vez de voltar a atenção a si mesmo? Eu realmente espero que, além de mim, você também pense mais em você. Não é um ato de egoísmo. Muito pelo contrário! Egoísmo seria fechar-se dentro de si, de seu próprio sofrimento, e alienar-se do resto do mundo. Em contraste, se acreditamos no nosso poder de amar, mudar e amparar, duas pessoas saem felizes, no mínimo.
Sorria, abrace e seja mais ridículo. Nem que seja aos poucos! Isso esbanja confiança, mas uma confiança humilde, simples. Estar ciente do seu poder é estar consciente também do poder do seu próximo. E entender que vocês dois podem, sim, fazer a diferença.
Ninguém é um zero à esquerda.
É, no mínimo, um número natural, maior de 1, elevado a um expoente bem maior que 10.
Simplificando:
...
Quer saber o quê mais? Chega de matemática. E de redação também
*(-lírico?)
p.s.: Bom final de semana! :}
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