sábado, 8 de setembro de 2007

Escolha

Vamos aos fatos:
Nem sempre o que fazemos é o que queremos. Afinal, cada encruzilhada requer uma escolha, que por sua vez demanda um sacrifício.
Nem sempre sabemos o que fazemos. Normal, uma vez que, apesar de racionais, nem sempre utilizamos nossa inteligência total. E, na maior parte do tempo, demoramos pra perceber o estrago de uma ação.

Mas e quando traímos nossos princípios?
Quando prometemos, a nós mesmos, uma série de metas. Seja qual for: estudar para a prova, ser um alguém melhor, permitir-se, curtir o tempo que nos cabe... e não cumprimos. Existirá decepção maior do que a recai sobre nós mesmos?
Quando alguém nos decepciona, é compreensível (tudo bem, nem sempre). Mas, quando alguém se decepciona (a si mesmo próprio etc.), nem sempre é tão fácil de entender. Sim, pois nós somos donos de nossos atos, ações, falas. E, mais ainda: nós somos nossa maior e mais fiel companhia. Se a traímos, cometemos um erro com ela. Chega a ser um tanto paradoxal. É como usar nossas armas contra nós mesmos. O feitiço contra o feiticeiro. E nossa consciência não perdoa, não tenha dúvidas. Principalmente quando se percebe que o tempo é curto e reverter um deslize pode ser muito lento e doloroso. Quanto mais tempo nos toma, mais difícil é.
Porém, é necessário saber se perdoar. Aliás, quanto pior a decepção, mais necessário se faz o perdão. É impossível conviver com qualquer perturbação, 24 horas por dia, nas nossas costas. Sejamos levianos com nossos erros. Nem sempre deixamos de cumprir nossas promessas por capricho; algumas vezes uma escolha ainda mais importante nos demanda um sacrifício. Há vezes que precisamos sacrificar nossos princípios. Sem citar quando uma velha promessa nossa vai de encontro com alguma nova.
Pois é, quando eu digo que minha cabeça está revirada, nem todos acreditam. Não chego a estar decepcionada comigo mesma, mas um princípio se choca com o outro; eu cometo erros (não só comigo); e acabo perdida, na encruzilhada do começo do texto.

O que vai ser? Norte, Sul, Leste ou Oeste?
O tempo vai se esgotando. Tão rápido quanto o ponteiro dos segundos. Não o perca. Não o desperdice.
Escolhas, sacrifícios, caídas, erguidas e recaídas fazem parte de um caminho que só a gente conhece. Que este seja o caminho da felicidade.

Um comentário:

Anônimo disse...

Noossa, me emocionei.

disse tudo.
to amando isso aqui. você ta fazendo a gente pensar sobre muiiiita coisa importante que as vezes passa despercebido.
coontinue seeeeeempre.

é bem mais fácil perdoar..do que se perdoar..é verdade...

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