sexta-feira, 21 de setembro de 2007

auto.confiança

Quantas vezes precisamos nos lembrar de nosso próprio valor?

Hoje, arquivando algumas fotos no computador, lembrei-me de fatos. Esses pequenos momentos da vida que a gente quase não valoriza na hora, mas depois lhes retorna a atenção e vê que foram fundamentais. Aniversários surpresa, um dia inteiro fora com os amigos, uma boa fase pela qual vivemos... Porém, o que mais me tocou, não foram os fatos em si. Mas a minha participação ou o meu papel neles. E, a partir desse ponto, pude perceber coisas que nem sempre percebemos “a olho nú”. Oras, perdoe-me se pareço muito orgulhosa – não há nada a ver com isso! – muito pelo contrário, nunca fui o tipo de pessoa exatamente auto-confiante. Mas é isso que mexeu aqui dentro! Eu nunca vejo o meu valor. Eu sempre me permito acreditar no que me fere em vez do que me enobrece. Arre, entre todas as permissões do mundo, a gente “sempre” permite o que há de “pior”. Mas por quê? Por que é mais fácil acreditar que nós somos inferiores e conviver com isso, como uma chaga? Até nos fazendo de coitados, vez ou outra.

Por que?

Pois bem; revendo certas fotografias e repensando no que já foi, lembrei-me de que minha vida não foi em branco. E, mais ainda, minha participação na vida de algumas pessoas foi, sim, agradável! Não foi à toa que eu ri junto de muitos amigos, abracei muitas pessoas, consolei alguns, amei o quanto pude... Sempre, sempre! Não digo que houve uma revolução aqui dentro. Eu sei que o meu papel é pequeno, mas é. Eu existo, eu amo, eu mudo o que há em minha volta. Eu sei que eu tenho o poder de aquecer o coração de quem eu muito estimo. Eu sei! Porque há uma vozinha aqui dentro, que grita todos os dias, ao meu despertar: “faça alguém feliz”. E não é somente para alimentar o meu ego. Eu simplesmente o faço (ou, ao menos, tento fazer) porque é bom mutuamente. Óbvio. Mas por que, então, acreditar no que os outros dizem? Eles não sabem nem da metade das minhas ações, dos meus sonhos, do meu eu*! Eu não quero dar preferência àqueles que dizem que eu não sou capaz. Que eu sou um zero à esquerda. Eu vou acreditar no meu instinto, no que a voz dentro de mim me diz. Ela pode nem sempre estar certa, mas ela me conhece melhor que qualquer um. E ela, acima de tudo, é pura.

Quantas vezes você já deu ouvidos aos outros, em vez de voltar a atenção a si mesmo? Eu realmente espero que, além de mim, você também pense mais em você. Não é um ato de egoísmo. Muito pelo contrário! Egoísmo seria fechar-se dentro de si, de seu próprio sofrimento, e alienar-se do resto do mundo. Em contraste, se acreditamos no nosso poder de amar, mudar e amparar, duas pessoas saem felizes, no mínimo.

Sorria, abrace e seja mais ridículo. Nem que seja aos poucos! Isso esbanja confiança, mas uma confiança humilde, simples. Estar ciente do seu poder é estar consciente também do poder do seu próximo. E entender que vocês dois podem, sim, fazer a diferença.

Ninguém é um zero à esquerda.

É, no mínimo, um número natural, maior de 1, elevado a um expoente bem maior que 10.

Simplificando:

...

Quer saber o quê mais? Chega de matemática. E de redação também

*(-lírico?)

p.s.: Bom final de semana! :}
.

7 comentários:

Anônimo disse...

Tenha certeza que seu papel não é nem um pouco pequeno. E você nao tá sendo nem um pouco orgulhosa, tá sendo até humilde...
Mas sim..vc precisa ver seu valor, ele é infinito. O seu papel na minha vida por exemplo foi extremamente fundamental, cara se eu sou mais feliz é por sua causa, pode ter certeza, sua amizade é essencial, não consigo me imaginar sem ela..
ai ai manda tomar naquele lugar quem te chamar de "zero a esquerda"..

é isso ai então "Sorria, abrace e seja mais ridículo"

o seu papel aqui também está revolucionando, todos deveriam ter acesso.

;*******
amo escritora preferida.

Unknown disse...

Ola Bia, querida!
encontrei seu blog.
fico muito feliz de ver que você anda blogando tambem!
voce é genial. não deve esconder suas reflexões.

concordo com o comentario da munique, seu papel e gigantesco! e todos deveriam acessar seu blog.

beijos

Jacques disse...

OK ...

Mais um fã pra lista ...

muito bom o texto ..

Anônimo disse...

Olá Bianca! :)
Bom,achei seu blog no seu perfil,
tive curiosidade e.. aqui estou. E conserteza só tive a guanhar com essa visita enesperada.
Parabéns pelo lindo e reflexivo texto. Adorei!
Muitas - quase todas - vezes, me deixo levar pelos pensamente negativo de mim mesma,e concerteza me ajudou a refletir sobre " qual é realmente o meu papel",sem sombras.
Ás vezes engano a mim,e acabo sofrendo com isso. Acho que preciso deixar o "meu eu",como disse,falar mais alto.

Beijo grande Bia,
continue escrevendo,sempre.
:*

Beta Bernardo disse...

Muito bom! Adorei o blog!
Bjks, Beta

Xerecão disse...

Nossa...muito bom esse seu texto bia.. parabens...
nem sabia que voce tinha blog...gostei muito..

Beijao Biazinha.

Dan disse...

É, tem muita verdade ai.
Digo, você um zero a esquerda? Nem em sonho.
E para provar, eu escolho do meu baú de memórias, aquelas especiais, a prova de que sua presença torna uma coisa tão simples, em algo especial.
Ou você não lembra como a gente se divertiu folheando aquele livro sobre significados dos sonhos, onde hoje é a Saraiva, um pouco antes de assistirmos Beowulf?
Preciso lembrar das idas na praia? 300? BumbleBee? Quer mais? QUER? ahuahua
Pra mim, nada disso passaria em branco.
o/